PS/Açores alerta para baixa execução e exige compromisso sério com o desenvolvimento da Terceira
O deputado socialista Marco Martins afirmou hoje, na Assembleia Regional, que o Plano e Orçamento Regional para 2026 “falha na execução, falha na visão e falha na capacidade de transformar recursos em desenvolvimento real”, alertando que a ilha Terceira continua sem respostas estruturais apesar de a Região dispor de meios financeiros históricos.
Segundo o deputado, os índices de execução orçamental dos últimos cinco anos na ilha “nunca ultrapassaram os 55% e tiveram anos muito abaixo dos 50%”, o que revela um Governo incapaz de concretizar investimentos. “O que define este Plano é o mesmo que tem definido a governação: incapaz de cumprir, incapaz de executar, incapaz de transformar”, afirmou.
Marco Martins sublinhou ainda que as obras atualmente em curso na Terceira resultam de projetos preparados e lançados pelos Governos do PS, “demonstrando que este Executivo não acrescentou visão nem inovação, limitando-se a gerir o que encontrou”.
“A atividade turística apresenta números de dormidas abaixo da média regional, sem que se conheça qualquer estratégia credível para inverter esta tendência. Aliás, a ilha Terceira, nem tão-pouco, foi contemplada no reforço da operação da Azores Airlines, para o período de Natal e Ano Novo”, lamentou.
Entre os outros exemplos citados pelo deputado estão a ausência de investimento público nas habitações do Governo na Terra-Chã; a verba insuficiente atribuída à Via Vitorino Nemésio; atrasos nos projetos para aumento de vagas em creches e respostas sociais; abandono do Terceira Tech Island, infraestruturas portuárias e escolares sem avanços significativos, bem como o atraso continuado no apoio a clubes, associações e entidades culturais.
Marco Martins destacou a contradição entre os recursos disponíveis e os resultados obtidos, afirmando que “nunca a Região Autónoma dos Açores teve tantos meios, nunca os recursos financeiros foram tão grandes e, paradoxalmente, nunca se fez tão pouco”.
Para o deputado, o problema não é falta de dinheiro, mas “falta de compromisso político e incapacidade de execução”. Marco Martins reforçou que a ilha Terceira não exige tratamento privilegiado, apenas o cumprimento das responsabilidades do Governo Regional.
“O Orçamento apresentado “não responde às necessidades da ilha nem ao desenvolvimento que os Açores merecem”, concluiu Marco Martins, exigindo maior execução, investimento e visão estratégica.
Horta, 25 de novembro de 2025